sábado, 3 de agosto de 2013

Com o coração na mão


Eu sei que não devia, mas ainda me culpo por erros cometidos no passado. Alguns me julgam por isso. Mas ninguém sabe a dor que é perder alguém por sua culpa. Desde então, caminho com meu coração na mão. Procuro encontrar um lugar para aposenta- lo de tanto sofrimento, mas não encontro nada. As lembranças que já deviam ter sido dissipadas da minha vida, voltam catucando essa ferida, gerando um momento de dor, sangrando minha alma.

É como quando ando pela areia, e vejo ficando para traz, minhas pegadas, mostrando o quanto já percorri. Elas só somem com o tempo. Esperam até que a água venha e delete- as dali.

Como eu queria ser como pegadas na areia. Sumir com a água gelada do mar, ir embora e não precisar me preocupar mas com nada, passar a minha vida inteira flutuando com o movimento das ondas. Será que posso ausentar minhas mágoas, afundando- as no mar? Será que essa dor vai passar?

Vou trilhar o meu caminho. Vou tentar não olhar para traz. Vou segui assim... com um coração sofrido, na mão.




☼ Guilherme Correia

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